Bicicleta I.N.
Revista Bicicleta por Valter F. Bustos
23/11/2013
Foto: Valter F. Bustos
A
pergunta mais comum e recorrente que ouvimos no MuBi/Joinville é: “Qual
a bicicleta mais antiga do museu?”. Na condição de monitores ou no
atendimento aos visitantes, respondemos que a bicicleta mais antiga não
significa que seja a mais interessante ou rara. Essa é uma situação de
simples explicação e sem nenhuma complexidade, pois, uma bicicleta por
mais antiga que seja, existe a possibilidade de encontrarmos uma ou mais
do modelo seja nas mãos de antigos proprietários ou colecionadores.
Ademais, de concreto, sabemos que foram veículos produzidos em série,
dentro ou fora do país. No entanto, quando falamos de “peça única”,
estaremos, verdadeiramente, falando de uma raridade.
Por essa razão, fato que nos qualifica e alegra muito, o Museu da Bicicleta de Joinville, o “MuBi”, possui em seu acervo 28 bicicletas nessa condição privilegiada. São peças que foram produzidas pelo artista plástico paulista Israel Nicolau que, além de grande amigo, é figura carimbada no mundo das duas rodas, com passagens pelos famosos programas de entrevistas nas telinhas de Sampa, detentor de vários recordes em sua especialização; além de respirar bicicletas todos os dias. Outro detalhe que agrega valor às suas peças é que Israel emprega, exclusivamente, material reciclado em suas bicicletas.
Por essa razão, fato que nos qualifica e alegra muito, o Museu da Bicicleta de Joinville, o “MuBi”, possui em seu acervo 28 bicicletas nessa condição privilegiada. São peças que foram produzidas pelo artista plástico paulista Israel Nicolau que, além de grande amigo, é figura carimbada no mundo das duas rodas, com passagens pelos famosos programas de entrevistas nas telinhas de Sampa, detentor de vários recordes em sua especialização; além de respirar bicicletas todos os dias. Outro detalhe que agrega valor às suas peças é que Israel emprega, exclusivamente, material reciclado em suas bicicletas.
Trabalhando em seu atelier, ele aproveita das bicicletas
convencionais a caixa de direção superior e inferior, movimento central e
as gancheiras para as rodas dianteira e traseira. O resto vem de sua
imaginação e criatividade quase ilimitadas.
Os demais materiais ou componentes do projeto, ele vai buscar em
desmanches e ferros-velhos na forma de restos de perfis metálicos, camas
tubulares, ferro de construção de várias bitolas, porcas, argolas,
correntes; qualquer que possa ser soldada ou colada, nas mãos de Israel
Nicolau se transforma numa bicicleta única.
De suas mãos, nada sai ao acaso. Cada novo projeto é pensado,
transferido para o papel e executado. Por outro lado o domínio da
geometria de uma bicicleta (cortes, ângulos e aberturas), tornam cada
bicicleta uma joia, e, mecanicamente falando, correta e funcional. Das
peças que possuímos no MuBi, foi selecionada a “IN-Argolas”; concebida
com sobra de cortes ou acertos de tubos metálicos. Essas peças
conflitam, no bom sentido, com as bicicletas antigas em exposição, pois
chamam muito a atenção de nossos visitantes. Ademais, elas fazem um
contra-ponto entre o inusitado da criação ousada e desafiadora, com o
clássico desenho das bicicletas dos anos 40 e 50 do século passado. Por
sorte, nesse ambiente surge o encantamento de nossos visitantes com o
que vê e sente, claro, todos apaixonados por bicicletas.
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