sexta-feira, 7 de setembro de 2018

Número de mulheres no bicicletário Araribóia, em Niterói, cresce 30%

Equipamento ganhou 30 novas vagas, mas vive lotado e comércio de bicicletas segue aquecido em Niterói


Em alguns locais da cidade, as bicicletas estão em toda as partes, e com a presença cada vez maior de mulheres pedalando. Um levantamento feito pelo programa Niterói de Bicicleta comprova a adesão delas ao transporte: o aumento da frequência feminina no bicicletário na Praça Araribóia, no Centro, foi de 30% este ano. Com mais de cinco mil cadastrados, o equipamento, que funciona desde março do ano passado ao lado da Estação da Barcas, ganhou mais 30 vagas no último mês e agora opera com 446, todas lotadas diariamente.
A pesquisa mostra que 31,9% dos usuários do bicicletário passaram a pedalar há pouco mais de um ano. Enquanto isso, o comércio voltado ao setor se expande na cidade. Num ponto nobre de Icaraí que abrigava uma tradicional revendedora de carros hoje fica uma loja voltada exclusivamente para as magrelas.
Inaugurada há menos de um mês, a filial da Garage Bike — que é a segunda loja da rede, mas é bem maior do que a primeira — abriu as portas na esquina da Avenida Roberto Silveira com a Rua Castilho França, a poucos metros da matriz, e onde até pouco tempo atrás funcionava uma farmácia, mas que durante anos foi ponto de venda de automóveis. Segundo José Carlos Costa Vieira, um dos sócios da loja, o novo negócio foi uma oportunidade.
— Nosso movimento não para de crescer, porque as pessoas estão se convencendo da praticidade e da mobilidade maior da bicicleta em relação ao carro, principalmente aqui em Icaraí, onde há poucas vagas de estacionamento — explica o mecânico de bicicletas, que também observa maior participação das mulheres. — Elas estão perdendo o medo. No começo, os clientes eram mais os homens, mas agora elas estão vindo também comprar.
A educadora Júlia Rocha, de 21 anos, é uma das que passaram a fazer parte dessa estatística. Há cerca de um ano e meio, ela começou a usar a bicicleta eventualmente para alguns trajetos. Recentemente, passou a pedalar todo dia.
— Se o tempo está bom, não penso duas vezes em vir de bicicleta no caminho que faço diariamente de Icaraí para o Centro. É muito mais prático — considera.
A mesma coisa tem feito a estudante de Cinema Ana Luísa Vieira, de 22 anos, que aderiu à bicicleta há cinco meses. Desde então, ela para sua magrela no bicicletário do Centro diariamente.
— É seguro porque tem um controle e não entra qualquer um, só pessoas cadastradas. Ainda falta um pouco mais de segurança nas ruas, mais respeito dos motoristas. Aos poucos, vamos conquistando nosso espaço — disse ela, enquanto esperava uma vaga para guardar sua bicicleta na Praça Araribóia. — Está sempre cheia, mas vale a espera.
De acordo com a prefeitura, a lotação do bicicletário foi minimizada com a criação de 30 novas vagas , “reduzindo os períodos de espera dos usuários”, diz, em nota.

Novos totens para pequenos reparos

O ciclista que estiver pedalando pela cidade e tiver problemas com pneus vazios ou corrente frouxa conta, agora, com totens que oferecem ferramentas para reparos. A Secretaria de Conservação e Serviços Públicos iniciou há um mês a instalação de nove equipamentos: na Praia de Icaraí, no bicicletário Araribóia, no Caminho Niemeyer, na Estrada Caetano Monteiro, no Horto de Itaipu, no Largo da Batalha, na Estrada Francisco da Cruz Nunes (em frente ao Cisp), na Praça Nilo Peçanha (próximo ao Solar do Jambeiro) e na Praça Vital Brazil.
Nos totens há chave inglesa ajustável, extrator/instalador de pino de corrente, chave de raios universal, jogo de espátulas para pneus, bomba de encher acionada por pedal com mangueira flexível e manômetro, chave de fenda cruzada e chave de fenda simples.
FONTE: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?numero_de_mulheres_no_bicicletario_arariboia_em_niteroi_cresce_30%&id=35894

A bicicleta, prestes a entrar na Constituição suíça

Parlamento suíço vai votar dia 23 emenda constitucional de iniciativa popular que introduz no texto as ciclovias e as responsabilidades por essa infraestrutura

 Por Mobilize

No próximo dia 23, o parlamento da Suíça deve votar uma emenda constitucional para incluir as ciclovias no texto de lei, e desse modo garantir que a prática do ciclismo tenha obrigatoriamente todas as infraestruturas adequadas.
Há quatro décadas, o país já havia aprovado na Carta magna, no mesmo artigo constitucional que agora se quer complementar com ciclovias, a introdução de caminhos e trilhas de caminhadas. À época, tal como agora, a proposta de promoção da mobilidade ativa partiu de uma iniciativa popular e depois evoluiu para uma contraproposta direta* do governo, que teve amplo apoio do Parlamento.

Motivos nobres

Tanto na iniciativa popular nacional para a “Promoção dos caminhos e trilhas para caminhadas", como atualmente com a iniciativa popular nacional para "Promover as ciclovias, caminhos e trilhas para caminhadas", o governo e o Parlamento consideram que as preocupações sejam justificadas, mas não os meios para alcançar o objetivo. 
"Ninguém da comissão questiona a necessidade de promover um tráfego mais lento, especialmente o ciclismo", disse a porta-voz da comissão Raphael Comte, ante ao Conselho dos Estados (pequena câmara do Parlamento). 
Embora o governo federal e vários parlamentares enfatizem os benefícios do aumento do uso de bicicletas na vida cotidiana - menos trânsito de automóveis, redução no excesso de passageiros no transporte público, mais saúde à população, menos consumo de energia, ruído e poluentes -, aos olhos do governo há "certo exagero" na obrigação legal de que deva ser responsabilidade federal coordenar e promover medidas nos cantões** para construir e manter redes cicloviárias atraentes e seguras.

Bicicleta na Suíça

As bicicletas são amplamente utilizadas como meio de transporte por toda a população suíça. Segundo estimativas, quase 4 milhões de bicicletas circulam no país, e os números de vendas dos últimos anos mantiveram-se em patamar elevado. Em 2017, cerca de 330 mil bicicletas foram vendidas, 4,2% a mais que no ano anterior. Quase 90 mil dessas eram e-bikes (bicicletas parcialmente movidas a bateria, ou como se diz, com pedal assitido), uma categoria em pleno crescimento, que bateu um novo recorde com crescimento de 16,3%.
Mas o potencial no uso diário está longe de estar esgotado. Estima-se que quase 80% das viagens de ônibus e bonde, e 50% das viagens de carro estejam num raio de 5 km, distância que poderia ser facilmente coberta com o uso da bicicleta.
Os suíços entendem que para promover o uso da bicicleta é essencial fornecer ciclovias seguras e de alta qualidade, isto é, separadas do tráfego motorizado, bem como de calçadas e caminhos. Isto não é apenas necessário tendo em vista de forte crescimento do tráfego esperado nos próximos anos, mas também dadas as muitas vítimas de acidentes de bicicleta na Suíça, como o governo e a maioria parlamentar reconheceram.
"O tráfego de bicicletas é o único segmento em que o número de feridos e pessoas mortas em acidentes aumentou desde 2000", disse a ministra dos transportes Doris Leuthard, quando lançou a campanha do referendo. Um aumento que também tem a ver com o aumento de e-bikes.

Responsabilidades

Com a emenda constitucional, que será votada em 23 de setembro, o governo federal seria responsável também por estabelecer as normas para uso das ciclovias, como tem sido até então para caminhos e trilhas de caminhada. Esta reivindicação incluída na iniciativa popular já foi assumida pelo governo na contraproposta.
*Na Suíça, o sistema político inclui a democracia direta, em que a população pode se manifestar em relação a decisões do parlamento ou propor alterações à Constituição. Por sua vez, as autoridades podem apresentar contraproposta a uma iniciativa popular, para tentar influir na decisão dos cidadãos e dos parlamentares.

Fonte: http://www.revistabicicleta.com.br/bicicleta_noticia.php?a_bicicleta_prestes_a_entrar_na_constituicao_suica&id=35895


sábado, 29 de abril de 2017

Aplicativos facilitam a cooperação entre os ciclistas vítimas de assaltos ou têm de consertar a bicicleta longe de casa

O aplicativo também pode ser usado em caso de acidente ou de assaltos. Nesse caso, ele funciona como um atalho, e faz a ligação para o Samu ou para a Polícia Militar.
Bicicleta Recuperada
O professor e ciclista Jackson Luís Cunha, idealizador do Alerta Bike, desenvolveu o aplicativo devido ao alto índice de roubos de bicicletas em Curitiba. A ferramenta funciona de maneira similar ao Bike Ajuda, usando a rede de usuários para ajudar um ciclista em perigo.
“Eu desenvolvi, e usávamos entre amigos. Inclusive tivemos a felicidade, enquanto o aplicativo era beta [versão de teste], e só nós tínhamos, aconteceu um furto, e nós conseguimos localizar a bicicleta em menos de duas horas”, disse.
Objetivo do aplicativo é alertar instantaneamente as pessoas em caso de furto ou roubo. “As pessoas que têm o aplicativo recebem o alerta na hora, com a foto da bike, endereço do ocorrido, e até informações dos envolvidos do roubo”, afirmou Jackson.
No aplicativo gratuito, que já está disponível para Android, o ciclista registra, no momento do cadastro, fotos da bicicleta, e demais características. Caso ocorra um roubo ou furto, um alerta é emitido para os demais usuários com a foto, modelo da bicicleta, e o local. O alerta também pode ser compartilhado nas redes sociais, e ampliar a divulgação do ocorrido.
“As pessoas podem se comunicar, informar se viram sua bicicleta em alguma região. Existe um chat [bate-papo] dentro de cada ocorrência.”

Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciclistas-desenvolvem-aplicativos-para-ajuda-mutua/

Ciclistas desenvolvem aplicativos para ajuda mútua

  1. Aplicativos facilitam a cooperação entre os ciclistas vítimas de assaltos ou têm de consertar a bicicleta longe de casa
Ferramentas ajudam ciclistas a enfrentarem os problemas das grandes metrópoles (microgen/Thinkstock)

Ciclistas de grandes cidades estão desenvolvendo aplicativos de smartphones para se ajudarem mutuamente diante do desafio de se deslocar de bicicleta nas metrópoles, em meio ao trânsito e, por vezes, enfrentando violência.
Dois dos aplicativos, o Alerta Bike e o Bike Ajuda, desenvolvidos em Curitiba e em São Paulo, respectivamente, facilitam a cooperação entre os ciclistas vítimas de assaltos ou que estejam enfrentando uma quebra mecânica longe de casa.
“Os ciclistas naturalmente cooperam entre si, se ajudam mesmo. Essa comunidade já existe, o aplicativo foi o modo de tentar otimizar isso”, disse o ciclista Daniel Moral, idealizador do Bike Ajuda.
Ele conta que teve a ideia de criar o aplicativo quando pedalava na ciclovia da avenida Faria Lima, na capital paulista. O pneu de sua bicicleta furou e ele estava atrasado para uma reunião. “Comecei a parar o pessoal, ver quem poderia me ajudar, e uma pessoa me ajudou, tinha lá remendo, tudo, e resolveu o meu problema. Naquela hora, eu pensei: precisa ter um formato, um mecanismo para eu conseguir automatizar isso.”
O Bike Ajuda desenvolvido por Daniel funciona da seguinte forma: quando o ciclista enfrenta um problema, como uma quebra mecânica, ele aciona o botão de emergência no aplicativo. O programa emite uma mensagem de socorro para todos os ciclistas que utilizam a ferramenta eletrônica e estejam nas proximidades do ocorrido.
“O GPS do celular localiza onde você está, informa sua localização e dispara a mensagem em um raio de cinco quilômetros para todos os ciclistas cadastrados que estiverem mais próximos. Ele vai encontrar algum ciclista, ou um mecânico profissional. O mecânico é o único que pode cobrar pelo serviço, o ciclista é voluntário”, explicou.
Caso nenhum ciclista ou mecânico seja encontrado, o Bike Ajuda, então, informa uma lista de oficinas de bicicletas das proximidades, em que se possa buscar socorro.
O aplicativo gratuito, disponível até o momento apenas para celulares da Apple, será lançado nos próximos meses também para o sistema Android. Em funcionamento desde outubro de 2016, a ferramenta tem sido utilizada, na maioria das vezes, para buscar socorro para ocorrências de pneu furado, e também para a localização de oficinas mais próximas.
“A gente já fez bastante ajuste, reforçamos a segurança. Quando a pessoa se cadastra, ela recebe um SMS com código de cadastro, confirma e-mail, CPF. Colocamos uma avaliação maior por conta de ter medo de ser uma pessoa de má-fé, e vá lá e roube uma bicicleta”.
Fonte: http://exame.abril.com.br/tecnologia/ciclistas-desenvolvem-aplicativos-para-ajuda-mutua/
até!

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Entendendo - Pneus de Bicicleta - parte 3

Construção

Um pneu de bicicleta é composto dor diversos componentes permanentemente unidos durante o processo de fabricação. São eles:
Carcaça
A carcaça é o que da formato ao pneu. Normalmente seu tecido é feito de nylon, mas alguns modelos utilizam algodão ou até seda. A carcaça ainda é responsável por manter a pressão do ar contida ao mesmo tempo que mantém a flexibilidade para seguir os contornos da superfície.
imagem

TPI - A sigla TPI significa "threads per inch” e diz respeito a quantos fios o tecido da carcaça tem a cada polegada. Normalmente, este número varia de 15, nos pneus mais básicos, a 120 nos mais avançados. Alguns fabricantes mostram números maiores, porém é por causa da sobreposição de camadas - alguns indicam também quantas camadas existem para saber o "TPI real".

Via de regra, quando mais fios por polegada, mais flexível é a carcaça, indicando um pneu com rodagem mais eficiente e macia. Porém, isto não é uma regra, já que outros fatores como a quantidade de camadas também influenciam as característica do pneu. Vale lembrar também que pneus com tecido mais fino (TPI maior), tendem a sofrer mais com cortes e rasgos.

Banda de rodagem
Composto - O material mais utilizado é o butil com alguns aditivos como o carbono e o silício para criar as características de tração e durabilidade desejadas pelo fabricante. Em alguns casos, os pneus tem mais de um composto, com borrachas mais duras ou mais macias em diferentes regiões para aliar durabilidade e tração.

Desenho - Pode variar de cravos grandes até pneus lisos (slicks). Normalmente, os mais lisos são utilizados no asfalto. Nos pneus de MTB, o desenho e o formato dos cravos tem uma importante ligação com o uso que será feito do pneu. Em geral cravos mais juntos e baixos costumam ser mais rápidos na terra batida, enquanto os mais altos e separados costumam funcionar melhor na lama.
imagem

Talão - Encontrado em pneus clincher, o talão deve ser feito de um material que estica pouco, garantindo que o pneu não escape da roda com a pressão do ar. Ele pode ser feito de arame, comumente encontrado em pneus mais baratos, ou de Kevlar (aramida) nos modelos mais avançados. 

Um pneu com talão de arame não pode ser dobrado, enquanto os de kevlar sim. Por isso, muitas vezes os pneus de kevlar são chamados de "dobráveis". 

Parede Lateral - É a parte do pneu que não entra em contato com o asfalto. A lateral do pneu terá sua construção feita conforme o uso, podendo variar em peso, espessura e material. Nos de estrada, os mais leves costumam tem a lateral bem fina, leve e maleável, o que ajuda a reduzir o peso e aumentar o conforto da bike.

No outro extremo do espectro temos os pneus de uso mais agressivo, que apostam em laterias mais resistentes ou reforçadas, mesmo que isso comprometa o peso, para não correr o risco de cortes nesta parte do pneu.

Camadas de proteção contra furos - Muitos pneus apostam em camadas extra para aumentar a proteção contra furos. As opções são muitas e cada fabricante aposta em materiais como o kevlar ou outro tecido exclusivo. 

imagem

Porém, vale lembrar que uma camada de proteção contra furos inevitavelmente vai aumentar o peso do pneu. Por isso, pneus de competição de estrada, por exemplo, costumam ter poucas ou nenhum proteção contra furos.

Por outro lado, pneus urbanos, de mountain biking ou de uso mais extremo possuem mais camadas de proteção, já que reduzir as chances de furo muitas vezes é mais importante do que o obter o máximo do desempenho.

Conclusão

Nos sites dos fabricantes, você vai encontrar mais informações sobre as principais tecnologias de cada marca. No forum do Pedal, você também encontra muita informação nos tópicos Vamos Falar Sobre Pneus, mais voltado para o MTB e o Pneus: conte o que você sabe, que foca no ciclismo de estrada.
Fonte: https://www.pedal.com.br/entendendo-pneus-de-bicicleta_texto11615.html
até!